“Dos onze mil alunos que frequentam actualmente o 7.º ano nas escolas públicas do distrito de Braga, apenas quatro mil vão atingir o último ano do ensino secundário.”
E se assim é em Braga, o Distrito com maior percentagem de gente nova, por esse Portugal fora será bastante semelhante.
E vai toda esta gente ser “escravo” no futuro. Sem qualificações, obrigados a esquemas, socialmente dependentes, a aceitarem os trabalhos mais desqualificados, sem futuro, sem esperança. Se não emigrarem para paragens com melhores oportunidades, vai ser daqui, desta vasta camada da população, que um dia sairão os extremistas, que com desdém, inveja e ódio olharão para a primeira e segunda geração de emigrantes e cobiçarão o seu sucesso, o seu emprego, a sua estabilidade, o seu futuro. Que se virarão contra os “ricos”, contra os que serão livres porque terão alguma liberdade de escolha ou de opção sobre o seu próprio futuro. Que envergonhados e ressabiados se recusarão a reconhecer que os emigrantes e as pessoas com empregos qualificados serão os que suportarão a engenharia financeira necessária que lhes assegure a segurança e as políticas sociais mínimas. A geração dos pais destes alunos serão os infelizes e frustados idosos de amanhã que olharão para os seus filhos e para os seus netos e se revoltarão contra o sucesso, o trabalho e liberdade dos emigrantes e dos “ricos”, a quem culparão pelo “infortúnio” e falta de hipóteses dos seus familiares. Que não suportarão que lhes digam que “essa gente” é quem lhes assegura o sustento da segurança social, mediante o pagamento de impostos
E estas duas gerações, serão, dentro de muito poucos anos também entre nós, o terreno fértil dos inimigos da liberdade “Penistas” que acabam de conseguir 17% em França. A esses há que somar ainda os 5% da extrema-esquerda e temos um quadro muito esclarecedor da “Grandeur de la France” de hoje.