Durão Barroso foi tão infeliz ao qualificar o terrorismo de «nazismo» quanto o havia sido o Bloco de Esquerda no comunicado de 11 de Março em que o denominou de «fascizante».
O terror é o que é. Recuso-me a colocar vestes ideológicas, por repugnantes que estas sejam, a assassinos em massa.
Não é a primeira vez, nem será a última, que o discurso de Durão surge prenhe de lógicas tipicamente esquerdistas e passadistas, que usa a terminologia da esquerda, de acordo com os parâmetros de discussão que a esquerda impõe.
Durão é um espelho da derrota intelectual que a "direita" sofreu há décadas e da qual nunca recuperou. Enquanto o debate político não for colocado em patamares diferentes, estamos condenados a ver líderes políticos que se dizem não-socialistas a fazerem estas tristes figuras. Sem sequer o perceberem.