Uma segunda-feira fatigante só me permitiu conhecer agora a entrevista de Rui Teixeira ao DN.
Lamentável. O homem parece não querer deixar de ser a figura de referência do caso ao mesmo tempo que denota uma preocupante vertigem pela ribalta.
Apesar de já não ser o juiz titular do processo, o recato e o bom senso deveriam ser um ponto de honra de quem já deteve tão importantes responsabilidades. Mas nada disso parece estar presente no comportamento de Rui Teixeira.
Fala de provas. Designa culpados. Julga e sentencia (sem contraditório). Manda recados para os que continuam em funções.
Enfim, uma evitável e triste de entrevista de alguém que, definitivamente, demonstrou não ter as condições mínimas de imparcialidade para ter desempenhado a função de JIC num caso desta dimensão.
Tudo isto num momento em que ainda faltam conhecer os efeitos processuais da última anulação do Tribunal da Relação de Lisboa.
Como me dizia um amigo, "vais ver que os pedófilos ainda se vão safar à custa das azelhices e da falta de tino dos magistrados". A avaliar pelo presente exemplo, não me custa admitir que talvez seja verdade.