Depois do 11 de Setembro de 2001 o povo americano uniu-se à volta da sua bandeira e do seu patriotismo. Nas grandes cidades, nos lugares mais modestos e recônditos, a ideia eram comum: não nos deixaremos vencer!
Quando o primeiro país europeu foi atacado aguentou-se apenas um dia. No sábado eram já visíveis as clivagens, motivadas pelo medo, que os terroristas queriam provocar.
Não foi um sentimento de justiça que fez com que os espanhois mudassem o seu voto de quarta à noite para Domingo: foi o efeito directo da chantagem dos terroristas.
Ao contrário daquilo que muitos julgam, o voto dos espanhois não foi de revolta: foi de cedência.
E não o fizeram por serem espanhois, mas por serem europeus.
Há diferenças fundamentais no estado de espírito dos americanos e o dos europeus. A Europa nunca conseguiu superar o vírus da contra-cultura dos finais dos anos 60 e princípios de 70. Essa geração está agora no poder, mal reciclada e com demasiados valores fundamentais ao contrário. Fundiu-se com a decadência da Europa Velha, temerosa, caduca.
Sei que vou ser muito atacada, mas os grandes vencedores não foram os socialistas espanhois: foram os terroristas. Venceram porque as suas bombas, a sua matança, atingiu os objectivos.
Zapatero vai retirar do Iraque e irá posicionar-se ao lado da Alemanha e da França.
Era isso que eles pretendiam.
A Espanha pagou o resgate com o seu voto. Outros se seguirão porque a Europa não vai resistir e "bastam 2 ou 3 atentados para desistir", como dizia um documento da Al Quaeda ontem divulgado. Muitos necrófagos vão tentar fazer festim com a destruição das bombas. E mudar a orientação política dos seus países à custa do medo e do terror. As bombas também aproveitam a quem não as põe.
Só peço a quem tiver dúvidas sobre o que esteve e estará em jogo para reflectir um pouco sobre esta e esta postas do Barnabé.