A tragédia do 11 de Março espanhol fez com que quase todos esquecessemos o nosso 11 de Março, ocorrido há precisamente 29 anos. A História é o que foi e recordá-la não a altera. Mas reflectir sobre ela, suas causas e efeitos, os sucessos e insucessos, permite-nos retirar ensinamentos para o futuro, em especial se soubermos aprender com os erros.
Erros houve muitos no 11 de Março, políticos e económicos. Dos políticos, soubemos arrepiar caminho em pouco tempo, dos económicos ainda hoje pagamos a factura. As nacionalizações então ocorridas e a quase total estatização da economia que se seguiu, foram de uma voracidade brutal para esta. Desde então, com governos mais à esquerda ou mais à direita, o Estado não mais parou de crescer, sempre mais pesado, paquidérmico, omnipresente, a atrofiar cada vez mais o que existe, a bloquear muito do que poderia existir.
Nunca se terá assistido a um tal esbanjamento de recursos, a maioria alheios, muito por via da incúria, da incompetência, do clientelismo. Não fosse o 11 de Março, não se tivesse o Estado apoderado da economia e hoje estaríamos muitíssimo melhor.
Oxalá nunca se repita esta data fatídica. Em Portugal e em Espanha!