3.10.05

Sobre o velho truque de se fazer política fingindo que se está acima da política

Os julgamentos éticos dos candidatos autárquicos são parte do jogo político. São julgamentos parciais sujeitos aos interesses políticos, muitos dos quais tão mesquinhos quanto os alegados comportamentos dos autarcas acusados. Quem julga não tem o monopólio da decência nem é um agente desinteressado. É um agente político interessado que de uma forma ou de outra concorre com quem está a ser julgado. Como é óbvio, os julgamentos não obedecem a critérios de rigor. O acusado não tem direitos e quando o julgamento começa a sentença já está decidida.