São dezenas, eventualmente mais de uma centena de mortos, pessoas anónimas vítimas do terrorismo que pretende apenas matar indiscriminadamente. E afigura-se-me que os atentados têm mais a marca de Bin Laden do que da ETA. Custa-me a acreditar que a ETA desse um tiro no pé em vésperas de eleições, muito embora esta gente não se distinga pela racionalidade.
Foi aqui ao nosso lado e amanhã também podemos ser atingidos. E o Euro 2004, com a enorme concentração de pessoas que irá provocar, é um evento muito adequado para um morticínio em grande escala tão ao gosto do “neo-terrorismo”. Temo pela capacidade de resposta da nossa protecção civil, pela completa falta de preparação e de coordenação a uma situação de catástrofe, que o Rui já elencou na posta anterior. Goste-se ou não, estamos em guerra e não estamos preparados.