A minha "exultação" a propósito da retirada de Pedro Burmester não tem qualquer relação com os seus putativos talentos musicais. Antes com as celebradas inclinações para a intriga política que esse senhor revelou durante a sua "permanência" na Casa da Música.
Burmester não estava no lugar de que saiu por ser um pianista de algum relevo - mas por favor político. Burmester geriu politicamente a sua actuação na Casa da Música.
Quando a anterior Administração quis travar as suas megalomanias financeiras, Burmester serviu-se das suas "cunhas" políticas para contra-atacar. Deu uma calculada entrevista ao JN e acusou os outros das suas próprias faltas. Activou o poder de influência do seu "amigo" que está na Presidencia da República. Este, despuduradamente, pressionou publicamente, e não só, os accionistas Câmara do Porto e Ministério da Cultura. Que cederam. A Administração da Casa da Música caiu e Burmester ficou. Não - repito - devido a questões musicais mas a pura intriga política.
Agora saiu. Porque escolheram alguém com um currículo inatacável para o lugar (apeteceu-me qualificá-lo mais popularmente) que amibicionava. Ou seja, entrou por política e foi-se embora por ciúme. Bonito.
Esperava reacções indignadas - e tive-as - do lobby dos subsidio-dependentes. Artigos nos jornais de referência dos "amigos" da corporação. Exclamações tonitruantes de Jorge Nuno Pinto da Costa.
Mas não esperava isso de si, jmf.