Lendo-se alguns comentários a este post chega-se à conclusão que muitos leitores acreditam mesmo que as chamadas "férias pagas" são mesmo pagas pelas empresas. Mas andam a ser enganados. Nenhum empresário pagará aos trabalhadores por aquilo que eles não produzem. Em cada ano, os empresários tenderão a pagar o preço de mercado do trabalho produzido em 11 meses. Claro que os trabalhadores recebem o salário em 14 fracções (correspondentes aos 12 meses do ano mais subsídio de férias e de Natal), mas há muito que os empresários ajustaram os salários para baixo para compensar essas regalias. Um trabalhador que produza o equivalente a 1000 euros por mês* durante 11 meses tenderá a receber por ano 11*1000= 11 000 euros. O salário mensal não será de 1000 euros mas de 785.7 euros (pagos em 14 fracções). As chamadas férias pagas, o 13º mês e o subsídio de férias são uma ilusão. Os empresários só pagam o que os trabalhadores produzem ao longo dos 11 meses em que efectivamente trabalham. As regalias, tidas pela retórica socialista como conquistas dos trabalhadores, são na realidade conquistas dos trabalhadores a eles próprios porque são retiradas do dinheiro que receberiam de qualquer das formas se recebessem o salário anual em apenas 11 fracções.
*Os 1000 euros por mês são o preço de mercado do trabalho produzido e a atribuição de regalias por decreto não pode alterar esse facto.