Um aumento do crescimento previsional de 0,8% para 1,2% tem sido motivo para enorme fanfarra e foguetório desde ontem. A concretizarem-se estas previsões - e Constâncio não deixou de referir vários factores exógenos que as condicionam - não deixaremos porém de ser os menos dinâmicos da Europa, mantendo-se ou acentuando-se a nossa divergência.
Entretanto, os dados da execução orçamental de Junho mostram a persistência de um défice público em crescendo, que não terá atenuantes na escalada imparável do petróleo ou em taxas de juro em ascensão. Teixeira dos Santos não o diz, mas estará a contar no 2º semestre com o impacto favorável na evolução da despesa decorrente do acréscimo significativo, designadamente na área da saúde, ocorrido em 2005 via orçamento rectificativo. A ver vamos se tal compensará a desaceleração da receita quando se esgotar o efeito no aumento do IVA e do ISP.
Para já, Constâncio vai dando (mais) uma mãozinha na propaganda e diz-se confiante...