4.7.06

tap

Há pouco menos de duas semanas, reservei telefonicamente uma viagem de férias com a família para o estrangeiro. Como, nesse momento, a TAP não me podia garantir a viagem para um dos dias em que pretendia realizá-la, fiquei em lista de espera e a aguardar que me telefonassem. Para todos os efeitos, fosse em que dia fosse, foi-me dito que a viagem teria de ser paga até ao dia 14 de Julho.
Passadas quase duas semanas e sem qualquer contacto, resolvi telefonar para a companhia, a fim de saber em que ponto se encontrava a reserva. Um solícito funcionário informou-me que acabara de ser confirmada e que hoje ainda me teriam contactado, não tivesse eu tomado a iniciativa, ao que parece desnecessária, de o ter feito. Posto isto, acrescentou que eu teria de pagar a viagem até ao dia de amanhã, 5 de Julho e não até ao dia 14, conforme me tinha sido proposto e ficara acordado. O motivo invocado era à evidência muito simples: os aviões da TAP, os preciosos aviões da TAP, estão, por esses dias, cheios. Vai daí, ou paga já ou há mais quem queira.
Perante a minha estupefacção, o melhor que obtive foi um comentário de que no dia 14 ou no dia 5 sempre teria de pagar a passeata, pelo que ele, o competente funcionário, na sua modéstia, não conseguia esforçadamente compreender o transtorno que a alteração eventualmente me pudesse causar. Por fim, quando lhe falei em livro de reclamações, o homem disse placidamente que sabia que a companhia tinha uma «secção de reclamações», mas livro, livro, não podia garantir. Inquirido sobre quem me poderia esclarecer acerca de tão impertinente questão, o zeloso funcionário mandou-me dirigir a um balcão da companhia. O mesmo é dizer, salvo melhor opinião, à merda, que é o adjectivo que me parece mais apropriado para um serviço desta «qualidade».