3.7.06

Bola de Gelsenkirchen II

Com algum atraso atribuível à porcaria dos modems de plástico dúctil e barato da Huawei e à inépcia de quem organizou o serviço de assistência técnica da Clix, aqui fica a habitual crónica desportiva sobre a participação portuguesa no Alemanha 2006, interrompendo temporariamente a longa sequência de posts dedicados à política.

Ganhámos, mas os ingleses não ficaram muito convencidos. Para eles, a culpa é do árbitro argentino, do Ronaldo português ou do Sven sueco. Ignoram Ricardo coração de leão e nem notaram que o mais perto que estiveram de meter uma bola dentro, foi quando Rooney quase meteu duas no Ricardo Carvalho.

Confirma-se que a falta de Vitor Baía continua a deixar muito boa gente indisposta. Desta vez foram 50 milhões de ingleses. ###

É curioso observar como as opiniões sobre o jogo estão completamente toldadas pelo lado em que nos colocamos, pelas nossas simpatias, pelas nossas bandeiras. De um lado, os portugueses, sejam eles comentadores, jornalistas ou simples adeptos, realçam o espírito de equipa, a capacidade guerreira, a glória de Ricardo, as exibições de Ricardo Carvalho ou a festa de Ronaldo. Do outro lado da barricada, n'A Bola, Miguel Sousa Tavares prefere destacar os erros de Scolari, as más substituições e a fraca exibição contra 10 ingleses.

Ainda sobre as substituições, a mais conseguida do fim-de-semana foi a saída do Diogo para a entrada do Luís. Este reforço vai para o ataque mas está muito habituado à defesa. Parece que o Diogo saiu por lesão, mas a verdade é que não estava a jogar nadinha e quando acertava na bola só dava disparate.

Agora vem aí a França. Vamos defrontar Abidal, Boumsong, Zidane, Makelele, Malouda, Wiltord, Dhorasco, Chimbonda, Gallas, Dialla, Thuran, Vieira, Gouvo, Saha e o perigoso Thierry Henry, entre outros. Deve ser este tal o jogo que o substituído Diogo tinha pedido, o do encontro de civilizações.

Venha Munique.