O pressuroso, recém-aloirado e sempre diligente, sr. Madaíl acaba de pedir ao Governo que "os 50.000 euros que cada jogador irá receber como prémio do Mundial fiquem isentos de IRS".Está agora desvendado o desvelo do auto-designado "Grupo de Notáveis", cuja iniciativa carinhosamente analisei aqui, quando verticalmente anunciaram a imperiosa necessidade do bom, dócil e sempre venerando, povo português ir receber e apoiar a selecção. O Governo não pode ser alheio aos 5.000 (mais coisa menos coisa, 10.000 segundo os media, 15.000 de acordo com o oráculo do regime) que Domingo passado foram representar todos os portugueses no palco que Salazar construiu precisamente para eventos dessa natureza. Não, o Governo tem de dar o exemplo ao país: isente-se a selecção! Isente-se de todas as taxas, descontos, tarifas e impostos, enfim, de tudo aquilo que o nosso santo seleccionador quiser auferir. Isente-se toda aquela rapaziada que tem famílias com uma enorme parentela para sustentar. Isente-se, também, as colorações capilares do sr. Madaíl.
Mas, sobretudo, o Governo deve propiciar o modelo em que todos os portugueses se revejam:
- Assim, comovidamente, proponho que sejam ainda desobrigados dos seus deveres fiscais todos os notáveis signatários daquela fidalga proclamação ao nosso bom povo já que a sua iniciativa, sem qualquer dúvida, merece uma subida recompensa pública. Bem Hajam!
