20.3.05

Ironia involuntária

O contragoverno de Ana Sá Lopes e Mário Mesquita a ser um caso de ironia, é um caso de ironia involuntária.É que o objectivo declarado por Ana Sá Lopes e Mário Mesquita, mostrar que existem mulheres próximas do PS suficientemente competentes para formar governo, coincide com o objectivo real. Os autores acreditam mesmo que existem. A ironia é involuntária porque o contragoverno mostra precisamente o contrário daquilo que os autores pretendiam mostrar. Poucos se poderiam lembrar de meter Ana Gomes, Ana Benavente, Edite Estrela e Maria de Belém no mesmo governo. Tem montes de piada. Aliás, trata-se de um caso de ironia involuntária tão boa que nem o Inimigo Público conseguiu fazer melhor.