19.4.06

não há pachorra

Para os milhares de livros «esotéricos» que enchem as prateleiras das livrarias e secções inteiras da FNAC, sobre o Graal, os Illuminati (é assim que se escreve?), os Iniciados da Baviera ou da Riviera, os descendentes de Cristo e Maria Madalena, os Sábios do Sião, Nostradamus, a Atlântida, as pirâmides do Egipto, as catedrais, os Cavaleiros do Santo Sepúlcro, as sociedades-secretas-detentoras-de-segredos-milenares, os alquimistas, o Conde de S. Germain (é assim que se escreve?), etc., etc., etc.. Hoje em dia, ir a uma livraria é um exercício arriscado e uma verdadeira aventura arqueológica. Para encontrar um romance decente, com uma história honesta e bem contada, é preciso escavar morosa e profundamente nas estantes e nas pilhas de livros. De todo este entulho tóxico ressaltam pujantes as «obras» do famigerado Dan Brown, que já terá vendido, segundo dados credíveis, meio milhão de calhamaços em Portugal. Agora, a sua editora prepara-se para lançar a sua primeira novela, chamada «Fortaleza Digital». A primeira edição conta com 100 mil exemplares e as livrarias fizeram listas de reserva do tratado. Salve-se quem puder!