Os cravos foram, em última análise, uma oferta do SNI aos golpistas. Destinavam-se as ditas flores a assinalar uma efeméride relacionada com o turismo e, como tal, a serem oferecidos aos turistas que deambulassem nesse dia 25 de Abril em Lisboa. Quanto à loura criancinha do cartaz pode o senhor Presidente da República tranquilizar-se: nasceu em família de cineastas e burguesíssimos. Se a sua vida correu mal não foi por ser pobre.
O que é bizarro é que 32 anos depois do 25 de Abril continuamos a ter uma noção poster da democracia e transformámos a botânica num item da política.