Paira no ar um odor politicamente correcto em torno do referendo francês. Uma euforia primaveril, um entusiasmo «naif», um regresso ao Maio de 68, ao «flower power», à Tomada da Bastilha, à queda do muro.
De repente, unidos pelos mesmos sentimentos, socialistas, fascistas e liberais, defensores do centralismo democrático, da planificação, da redestribuição e da liberdade para escolher, candidamente se deram as mãos e proclamaram o fim dos «Senhores do Euro», dos «plutocratas de Bruxelas», dos «burocratas da Comissão».
O poder voltou a ser nosso, soberanamente nosso, do povo legitimador, em suma, donde nunca deveria ter saído.
Morte à «real politic» (ou será a «royal politic»?) e a quem a apoiar!
A festa é linda, pá!
Moral da história: «make love, not treaties!»