31.5.05

PATRIÓTICO?...MAIS?! NÃO OBRIGADO!

«Patriotismo» :

- IVA à taxa (regime geral) de 21% (em Espanha, 16%), que passarei a suportar em quase tudo o que venha a adquirir;

além disso,

- ISP equivalente, em média, a 2/3 do preço pago enquanto consumidor, por cada litro de gasolina adquirido (quem é que me manda andar de carro?!);

- 2 Euros de imposto, em cada 2,55 Euros de um maço de cigarros consumido (bem sei, o vício é meu e ninguém me manda fumar!...mas, pelo menos, os 2 Euros ninguém os tira ao OGE);

- IVA calculado (também e em clara situação de dupla tributação)sobre esse suavíssimo imposto denominado IA, no preço pago por um carro que até nem é nada de especial (não, não é nenhum carro de luxo!...mas, lá está, ninguém me obriga a ter carro).

- crédito, a meu favor, de SISA (decorrente do próprio funcionamento legal daquele antigo imposto sobre o património), cujo pagamento, há dois anos e meio aguardo (bem sei, ninguém me mandou comprar nada!... e, ainda por cima, pelo valor de mercado, correspondente ao valor declarado que, por acaso - rectius, por sobreavaliação fiscal - era inferior ao denominado "valor matricial");

- etc., etc., etc.

por outro lado,

- acesso à internet dos mais caros da Europa (claro, bem sei....ninguém me obriga a navegar na Web, por muitas "agendas de Lisboa" que se tentem promover!);

- livros, em média, mais caros do que os comprados (via net) no estrangeiro, com ou sem "feiras do livro" (bem sei, é evidente que ninguém me manda ler!);

- bens de consumo doméstico e alimentação, em média, 15 a 20% mais caros do que em certos (quase todos) os Estados em que os ordenados recebidos pelos consumidores são significativamente mais elevados (afirmado, em reportagem televisiva sem que encontre link disponível, por um quadro de uma cadeia de grande distribuição estrangeira, também operante em Portugal e que comparava os preços praticados, entre nós, pelo seu Hiper, com aqueles que eram praticados em França, Luxemburgo e Alemanha)

- etc, etc., etc., etc., etc....mas,

é evidente que,

ninguém me mandou ser ser português, viver em Portugal e ajudar a suportar um Estado que consome metade da (parca) riqueza produzida nesta pátria!