30.5.05

SEM DÚVIDA, CARO GABRIEL,

Que o «não» francês foi uma rejeição da União Europeia e do estado de integração comunitária atingido, ao fim de sessenta anos. Razão pela qual escrevi, num breve textozinho editado abaixo, que seria interessante saber de que «denominador comum» é esse a que te referes. É que, como sabes, não se pode querer pau e bola: a moeda única, a livre circulação de pessoas e bens, a suspensão das fronteiras, entre outras coisas, são consequência do processo de integração. Querer voltar atrás implica abandoná-las. Querer seguir em frente, sem regras claramente enunciadas, e depois da inegável rejeição de ontem (à qual, como euforicamente refere o CAA, outras se seguirão), também não será fácil.
Nesta hora vitoriosa, em que o Tratado Constitucional que, bem ou mal, anunciava ao que vinha, foi praticamente chumbado, cabe-vos dizer, afinal, o que querem e ao que vêm. Ponto por ponto em relação ao que existe, e sem formulação vagas e generalistas, que é o que tenho visto.