Quando se ouve defender, publicamente, que a vitória que hoje é oferecida ao benfica poderá aumentar a produtividade nacional e que o Governo deverá procurar aí a oportunidade e o alento para as medidas mais difíceis que se avizinham, só podemos concluir que existiram épocas que marcaram Portugal e os portugueses com um ferrete que será muito difícil de fazer desaparecer. Senão que constituirá, mesmo, uma tentativa impossível.
Hoje, tal como dantes, este é um país pequenino habitado por gente que julga que tudo se resolverá na promiscuidade das "causas" artificialmente tornadas comuns, no conluio dos resultados preparados e na superstição grosseira que se arvora em fé e em religião.
Hoje, no dia em que o clube de todos os regimes se prepara para abocanhar o prato que lhe prepararam, percebemos que este ainda é o país governado pelo senhor padre cura que astuciosamente achava boa política, de vez em quando, dar ao povo aquilo que o bom povo julgava querer: algum pão, muita Fátima e muito, muito, muito circo. ´
Ontem, como hoje, os néscios exultavam. E o país decaía, esvaía-se, esgotava-se nessas soluções combinadas, nos arranjinhos mal amanhados, no culto da mentira desbragada em que o regime assentava.
Características que tão bem o presente regime imita.
Provavelmente com resultados ainda piores.