Os benfiquistas são seis milhões de portugueses, pelo que é manifestamente provável que um deles seja Francisco Louçã.
Se o é, ou não, o que é certo é que ouvi hoje com grande atenção e satisfação os seus comentários, na TSF, sobre a melhor forma de encarar o défice. Duas coisas a reter: a solução passa por combater a ineficiência do Estado e os seus gastos inúteis; e nem pensar em subir os impostos, sobretudo o IVA, pois tal iria penalizar as empresas portuguesas face, por exemplo, as espanholas, retirando-lhes competitividade. Justiça seja feita, ambas as medidas já constavam do Programa do Governo do BE.
Admito que, no debate na «especialidade», as divergências fossem mais que muitas. Sobretudo, porque o BE não quer menos "Estado". Agora, na generalidade, Francisco Louçã merece ser poupado, hoje, ao estigma do seu "midle name". Hoje não foi nada Anacleto! Porque omitiu tudo o resto, deixando só a sua mensagem nestas duas grandes referências do liberalismo.
Infelizmente, cheira-me que esta história do IVA é mas é uma forma inteligente do BE se posicionar contra o PS em relação às medidas que estão na forja, nomeadamente a subida dos impostos. De qualquer forma, é sempre bom ver que o liberalismo está a começar a "entranhar-se", mesmo onde menos se espera, servindo de arma de arremesso político.
Mas depois do Benfica ganhar o campeonato, podemos esperar um pouco de tudo neste país à beira mar plantado!
Rodrigo Adão da Fonseca
P.S. Poupem os comentários os que acharam que eu estou a falar a sério: obviamente Francisco Louçã não se converteu ao Liberalismo. Mas não deixa de ter piada ouvi-lo durante dez minutos e conseguir assinar tudo o que ele disse, "blind justice".