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Depois, há ainda a regra que a Comissão Directiva introduziu de indexar uma carantonha a cada uma das moções de estratégia a concurso. A ideia é disparatada. Já se sabe que as moções dos congressos partidários são tratados de reflexão política, prenhes de ideias e informação, que fogem à lógica aparelhística do «meter nojo no Congresso e eleger uns gajos para o Conselho Nacional». São, pelo contrário, contributos importantes para a vida de qualquer partido e do país, que, de resto, as direcções em vigência muito apreciam. Mas a ideia é ainda mais absurda, por pecar por escassa. Dadas as circunstâncias, o que convinha ao CDS era que cada Congressista fosse, ele mesmo, um candidato formal a líder do partido. De outro modo, há talentos que podem ficar injustamente excluídos. Veja-se, por exemplo, o caso de Ribeiro e Castro: no último Congresso nem moção apresentou, não tinha cargos na Direcção e saiu de lá eleito presidente.
Decididamente, a modéstia foi sempre um dos males da pátria.