Decisiva, nesta momento, é a análise do conteúdo efectivo do texto aprovado e agora sujeito a ratificação e das consequências, previsíveis, da sua entrada em vigor ou (menos previsíveis) da sua não ratificação por algum ou alguns estados membros.
A questão essencial a ser respondida em qualquer argumentário é, a meu ver, esta:
O que há de verdadeiramente novo no TCE face aos Tratados anteriores?
Outras questões importantes:
O TCE aprofunda ou reduz a cooperação atlântica (em particular com os EUA). Compare-se, a este propósito, as leituras antagónicas dos socialistas Mário Soares (pró-sim) e Laurent Fabius (pro-não).O TCE reforça o poder dos cidadãos ou o dos Estados nos assuntos europeus?
O reconhecimento do direito de secessão depende da aprovação do TCE? (tal direito é pela primeira vez reconhecido na proposta).
Qual o papel das cooperações reforçadas no TCE? Estas são simplificadas ou dificultadas no Tratado?