18.5.05

O discurso da tanga em versão sofisticada

O governo bem não queria adoptar uma política de rigor, mas já que a voz autorizada de Constâncio afirma que ela é indispensável... E vai-se preparando o Zé Pagante para o inevitável aumento de impostos, muito embora Constâncio garanta, em claro contraste com o seu camarada Alberto Martins, que o rigor orçamental não é sinónimo de recessão. Desta vez a tanga não será áspera, mas sedosa, confortável, nem a sentiremos...

Mas efectivamente teremos mais do mesmo: o Estado continua a gastar de forma cada vez mais indisciplinada, o cidadão paga a conta. Não se anuncia nenhuma medida de diminuição efectiva das despesas do Estado, mas critica-se o endividamento excessivo das famílias.

A hipocrisia vai em crescendo, mas a revolta do contribuinte tarda.