Não perder de vista o essencial (II)

O aumento dos impostos é um mau sintoma, porque denota indisciplina financeira por parte do Estado. Como este tem o poder coercivo de aumentar as suas receitas, esta é a forma mais fácil e imediata de acomodar o aumento de despesas que provocou o défice. Uma vez angariadas novas receitas, nunca mais estas serão dispensáveis, pois desaparece a pressão para reduzir custos. Bem pelo contrário, perante um acréscimo de fundos, os burocratas serão irresistivelmente tentados a passar para novo patamar de despesas, gerando novos défices. E novos impostos no futuro, num efeito bola de neve que acabará por nos esmagar.