Na época passada, os jogadores do FC Porto foram sujeitos a cerca de sessenta controlos antidoping. Esta época, vão ficar aquém dos cinquenta, correspondentes a uma contribuição de mais ou menos cinco litros de urina, uma parte dos quais amadurece agora em cascos de carvalho nas caves do Conselho Nacional Antidopagem (CNAD). Disto resulta que o FC Porto é a equipa portuguesa mais analisada, não apenas nos controlos habituais a seguir aos jogos, mas também nas inspecções-surpresa, que o CNAD já ordenou quatro vezes desde Setembro último, sem dúvida para confirmar os resultados negativos das cento e não sei quantas análises com hora marcada. Isto tudo sem que se encontre no arquivo notícia de qualquer controlo surpresa a Benfica ou Sporting, esta época, muito menos em alturas tão sensíveis como a visita do FC Porto a Alvalade, que o CNAD já achou por duas vezes conveniente para bater à porta do centro de treinos do Olival. (...)
O problema é que, a cada investida infrutífera, a cada controlo que resulta negativo, perde forçosamente o CNAD o seu suposto motivo e ganha o FC Porto legitimidade para fazer a pergunta que toda a Imprensa devia estar agora a colocar-se: mas afinal, porquê?
Cortesia de O Jogo (ed. 7.05.05, em véspera de final da SuperLiga)