Daqui a poucas horas deverá ser confirmada a vitória de John Kerry nas primárias democratas. A Super-Terça feira deverá permitir-lhe ficar a poucas centenas dos 2,162 Delegados necessários para poder ser candidato oficial à Casa Branca. Com Dean fora da corrida, o outro John (Edwards) não terá qualquer hipótese de nomeação.
GUILLAUME DEBRÉ, jornalista da CNN, lembrava ontem, no Le Figaro mais uma das muitas superstições que rodeiam o complicado processo eleitoral americano:
«Kerry a un problème : comme Dukakis, il vient du Massachusetts. Pire, il est sénateur. Or, depuis 44 ans, aucun sénateur démocrate n'a été élu président. Depuis 44 ans aucun élu du Massachusetts n'a réussi à accéder à la Maison-Blanche : ni Ted Kennedy en 1980, ni Michael Dukakis en 1988, ni Paul Tsongas en 1992.»
E acrescentava esta curiosa nota biográfica:
«Reste à savoir comment l'Amérique va percevoir John Kerry : un aristocrate de gauche, élevé en Suisse et éduqué à Yale, un francophile divorcé, remarié à une richissime héritière au fort accent étranger ? Ou va-t-elle voir en lui un nouveau J. F. K ? Ah ! J'oubliais... Son deuxième prénom est Forbes... John Forbes Kerry.»
Nota: que eu me lembre, Kerry é o primeiro candidato presidencial que prometeu aumentar os impostos:
«"If George Bush ... wants to defend giving tax cuts to people earning more than $200,000 a year, Mr. President, you go ahead and do that. 'Cause I'll tell you what I'm going to do," Kerry said. "I'm going to ask America to say we should roll back that tax cut and we should invest in education, health care, and we should do the things we need to do for our cities and our country.»